O dia de finados também é chamado de “dia dos fiéis defuntos” ou “dia dos mortos”. Trata-se de uma data principalmente comemorada pela igreja católica e fundamentada na crença na oração que os vivos deveriam fazer pelos mortos para que estes pudessem alcançar certos benefícios onde quer que estejam após suas mortes.
O que é o dia de finados?
Essa crença é baseada [na tradição] e principalmente no livro de 2 Macabeus 12. 43-46:
“Em seguida, fez uma coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas, para que se oferecesse um sacrifício pelos pecados: belo e santo modo de agir, decorrente de sua crença na ressurreição, porque, se ele não julgasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles. Mas, se ele acreditava que uma bela recompensa aguarda os que morrem piedosamente, era esse um bom e religioso pensamento; eis por que ele pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas.” (2 Macabeus 12. 43-46 – Bíblia Ave Maria)
O livro citado acima é considerado para nós protestantes (e também para os judeus), ou seja, ele não faz parte do cânon bíblico aceito como inspirado por Deus. Os católicos creem que os vivos têm a possibilidade de fazer algo pelos mortos, por isso acendem velas, oram por eles e até pedem perdão pelos seus pecados. Essa prática, porém, está definitivamente contrária ao que diz a palavra de Deus. Vejamos alguns textos:
“E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo“ (Hebreus 9. 27). Fica claro neste texto que a morte sela todas as oportunidades dadas às pessoas. Não há como interferir na vida pós-morte. Se logo após a morte vem o juízo, como haveria possibilidade de orar para que alguém já morto fosse perdoado pelas suas faltas? Ele já não foi julgado? Orações em favor dos mortos são inúteis e não tem base bíblica.
“e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.” (Eclesiastes 12. 7). Não existem caminhos intermediários entre esta terra e Deus. Não existe purgatório, locais de purificação e nem novas oportunidades de salvação e perdão após a morte da pessoa. Esse ensino claro destrói qualquer tradição apoiada nesse tipo de prática.
A salvação é somente pela fé em Jesus Cristo. “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.” (Atos 4. 12). Isso mostra que orações pelos mortos não tem validade para salvá-los, purificá-los ou mesmo perdoar os seus pecados. A salvação é pela fé em Jesus e isso acontece aqui enquanto temos vida para crer, para confessar Jesus, para se arrepender, para receber e acolher o evangelho.
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 João 1. 9). O perdão se dá através do arrependimento e da confissão dos pecados, o que os mortos não tem condições de fazer. A confissão é pessoal, de modo que eu não posso confessar os pecados de outro. Cada um responde pelos seus erros e só há oportunidade de confissão enquanto há vida: “Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus” (Romanos 14:12).
A obra de Jesus justifica totalmente os que Dele se aproximam através da fé. Não há meia salvação e nem meio perdão. “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5. 1).
Como vimos, as práticas realizadas nesse dia estão totalmente distantes do que diz a Bíblia.
O que, então, nós evangélicos fazemos no dia de finados? Bom, como o feriado já está proclamado mesmo, creio que o melhor que podemos fazer é lembrar-nos do legado que os nossos falecidos nos deixaram. Seus exemplos, sua sabedoria, seu carinho, seu amor. Ir ao cemitério e deixar os túmulos dos entes queridos honradamente bem cuidados não está contrário ao que a Bíblia diz. Fazer qualquer petição ou orar pelos mortos fere os princípios mais básicos da palavra de Deus, por isso, fazemos bem em nos afastar dessas práticas
Oremos pelos vivos e pela sua conversão!
Fonte: www.esbocandoideias.com
Concordo plenamente. Oremos pelos vivos!